Créditos: Alex Bruno
Definitivamente, O caminho de
Jesus e os atalhos da igreja não é uma obra para ser consumida com avidez
despretensiosa. O texto de Eugene Peterson tem de ser saboreado pouco a pouco,
de modo a ganhar significado e relevância. Há, contudo, um senso de urgência
que não pode ser negligenciado: estamos muito distantes do padrão bíblico de
santidade, até mesmo porque ser santo não está na moda. Como que numa conversa
tête-à-tête, Peterson explica o significado da metáfora caminho (muito mais que
uma “estrada para Céu”), e suas diferentes implicações na construção de um
estilo de vida cristocêntrico, ao revelar como Abraão, Moisés, Davi, Elias e Isaías
ajudaram a preparar o caminho de Jesus. A amplitude de significados se
descortina à medida que Peterson nos auxilia na interação com o texto bíblico,
traduzindo em sua totalidade o real significado de "caminho". Neste
ponto, seguir a Jesus é muito mais que adotar um manual de boas maneiras com
direito a passaporte para a vida eterna. Transformou-se na construção de um
estilo de vida fundamentado nos valores do Reino, e livre da influência
conceitual de certo e errado imposta pela sociedade contemporânea.